Análise Médico Homeopática Do Tipo Constitucional Do Personagem Riobaldo Tartarana Do Romance De João Guimarães Rosa – Grande Sertão Veredas
Revista de Homeopatia Volume 84 - Número 2
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Palavras-chave

literatura
personalidade
pinturas
policrestos

Resumo

Este estudo tem como objetivo realizar uma análise médico homeopática constitucional do personagem Riobaldo Tartarana, protagonista do romance de João Guimarães Rosa (GR), Grande Sertão Veredas. O método adotado foi empregado por Catherine R Coulter (CC) ao longo dos três volumes da sua obra Portraits of Homeopathic Medicines: Psychophysical Analyses of Selected Constitutional Types. Coulter, na sua metodologia de estudo da Matéria Médica Homeopática, parte de duas premissas: policrestos homeopáticos são verdadeiros arquétipos; grandes pintores retratistas (Lotto, Botticelli, da Vinci, Michelangelo e Rafael, entre outros) conseguiram expressar nas suas obras primas a essência da personalidade dos seus modelos. Para descrever o tipo constitucional de cada policresto CC ilustra sua interpretação com o exemplo de grandes personagens da história e da literatura. Grande

Sertão Veredas é um clássico da literatura brasileira, uma obra que inspirou diferentes versões para o teatro, series para TV, filmes de ficção e documentários, além de ensaios fotográficos, pinturas, gravuras e uma versão na forma de HQ.

O protagonista da história de GR é o jagunço Riobaldo Tartarana, trata-se de um sertanejo pouco letrado, mas detentor de uma profunda sabedoria atávica. Riobaldo conta a sua longa história para um visitante, que é apresentado ao leitor como um ouvinte culto. O cerne do dilema existencial do protagonista é a sua decisão de vender a alma para o demônio.

Esse estudo procura associar as características psíquicas essenciais do tipo constitucional Lycopodium às da personalidade de Riobaldo Tartarana. Segundo Coulter as características essenciais de Lycopodium são:

  1. A autoestima inabalável
  2. Sua fabulosa capacidade de adaptação
  3. Seu imperturbável distanciamento e objetividade
  4. Sua capacidade para iludir-se com relação a si mesmo
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