Resumo
A Experimentação no Homem São é um dos pilares da Homeopatia. Hahnemann recomenda que os médicos realizem a experimentação, preferencialmente em si mesmos, para se obter o conhecimento essencial dos medicamentos indispensáveis à cura. [1]
Objetivo: O objetivo desse trabalho é mostrar que os medicamentos das autopatogenesias são utilizados habitualmente nos nossos atendimentos homeopáticos, favorecendo a saúde dos pacientes e não somente para um conhecimento teórico.
Metodologia: Em 27/04/2021, experimentamos Beta vulgaris CH30. Registramos os sintomas durante três dias e posteriormente fizemos o estudo em grupo, chegando a uma síntese do medicamento, para aplicação clínica.
Resultados: Atendo um senhor de 62 anos, portador de fibrose pulmonar, artrite reumatoide e depressão. Baseado nas semelhanças entre o que foi vivenciado na
autopatogenesia, e os relatos do paciente sobre sua preocupação absurda com o julgamento das pessoas, seus engasgos frequentes e joelho que embolava, foi prescrito dose única de Beta vulgaris CH30.
Após dois meses o paciente fala que tem passado relativamente bem. Consegue dirigir e montar cavalo na roça, apesar do cansaço. Diz que “ o emocional está até muito bem”, mais calmo, menos preocupado com o julgamento das pessoas. Não tem tido raivas, se cobrando menos. Apresentou uma coceira no pescoço. Relata sensação de bem-estar, mudança de atitude e sintomas de superficialização.
Conclusão: A autoexperimentação é um importante instrumento para o médico exercer a arte homeopática. Conhecer mais profundamente os medicamentos homeopáticos permite identificar com maior fidedignidade o medicamento mais semelhante para cada caso, beneficiando a saúde dos doentes.