v. 85 n. 2 (2024): SAÚDE É EQUILÍBRIO INSTÁVEL
SAÚDE É EQUILÍBRIO INSTÁVEL

O desenvolvimento tecno-científico, aplicado às ciências da saúde, conseguiu notável eficácia e controle sobre uma quantidade apreciável de doenças. Mas este mesmo controle, infelizmente, não se estendeu a uma concepção de saúde mais sutil. O máximo que se fez foi contemporizar colocando a palavra “humanismo” na frente dos postos de saúde, clínicas e hospitais. O cuidado, a apreciação subjetiva dos sintomas, a rede de apoio e solidariedade para quem está perdendo a saúde e até a cumplicidade frente ao desespero de quem enfrenta sofrimento muitas vezes não realmente estão dentro do mainframe dos critérios que norteiam a prática científica, que geralmente prioriza outros aspectos como categorias de sucesso.